Uma das grandes áreas de estudo do meio desportivo é a biomecânica corporal. Atualmente vem sendo abordado pela comunidade científica uma nova linha de pesquisa, conhecida como tensegridade , tens (tensão) e gridade (integridade), portanto consiste na integridade da tensão. Esta ideia vem do principio do equilíbrio de estruturas utilizadas em algumas construções civis, como pontes e torres, compostas por componentes de compressão e tensão que devem estar equilibradas para manterem-se em pé.
A teoria da tensegridade também é utilizada para o corpo humano, denominada de Biotensegridade. No corpo as estruturas de compressão são os ossos e as de tensão são os músculos, tendões e fáscias (membranas que recobrem os músculos). Portando tensão e compressão são princípios físicos diretamente proporcionais, ou seja quanto maior for o encurtamento de músculos e fáscias maior serão as compressões ósseas e articulares, provocando lesões degenerativas (artroses).
Uma vertente fisioterapêutica para tratar e prevenir lesões musculoesqueléticas nos corredores geradas pelos desequilíbrios estruturais é a aplicação da bandagem neuromuscular. Este tipo de abordagem iniciou na área desportiva, devido a sua praticidade e eficiência e hoje é visto em vários praticantes. Este método possui ação neuromuscular e têm como principais funções ativar e aliviar tensões dos grupamentos musculares, melhorar a circulação linfática e sanguínea, aliviar dores e repor subluxação das articulações.
A técnica auxilia em diversas patologias como fasciites plantares, contraturas musculares, instabilidades do tornozelo e joelho, desalinhamentos patelar, dores na coluna entre outras ações benéficas preventivas
Por Dr. José Lourenço Kutzke