Dez dicas ao comprar calçados para crianças

1. Verifique o ajuste dos calçados uma vez por mês.

Uma criança pode superar até três tamanhos em apenas 1 ano. Quando tirar os tênis depois de alguma prática esportiva, verifique se há marcas vermelhas nos pés. Marcas vermelhas nas pontas dos dedos dos pés, podem estar associadas a lesões nas unhas e apontam um sinal de que os tênis estão pequenos no comprimento. Já as marcas localizadas no dorso do pé e dedos podem representar pouca profundidade, e quando o interior ou a parte externa dos pés estão irritadas, os sapatos são muito estreitos.

2. O sapato deve ser cerca de 12 mm maior que o comprimento do pé.

Este espaço extra garante que os dedos tenham espaço suficiente na manutenção do conforto, além de prevenir más formações.

3. Ao comprar o calçado dê preferência para o final do dia.

Neste período os pés estão ligeiramente mais inchados, devido o comportamento vascular, prevenindo, assim, qualquer compressão.

4. Certifique-se que o calçado tem uma sola flexível.

Ao pressioná-lo no chão, simulando uma caminhada durante a impulsão a sola deve flexionar na junção dos metatarsos com os dedos. Evite comprar calçados que dobrem no segmento do mediopé (região do arco).

5. Tênis para prática não precisam ter um drop alto

Quanto menos tiver, mais estáveis e flexíveis serão. Como referência para compra, limite-se a 10mm de altura.

6. Um pouco de amortecimento da sola é útil na idade escolar combinado a prática esportiva.

Enquanto as crianças estão no jardim de infância o amortecimento é supérfluo, pois as forças pressóricas aplicadas aos pés são pequenas.

7. Uma ligeira queda do arco do pé é normal até os cinco anos.

Esta é uma fase normal durante o desenvolvimento da criança. Entretanto, proporcionar maior estabilidade ao tornozelo, bem como sua neutralidade na pisada podem ser estimuladas por meio de palmilhas. Verifique o ângulo formado entre o ponto mais alto de amarração em relação ao solo, sendo indicada uma formação de 45°.

8. Ventilação

Certifique-se de que há ventilação suficiente no material superior, já que os pés das crianças sofrem de grande sudorese.

9. Evite costuras internas

Tente palpar internamente o calçado na procura de qualquer imperfeição ou costuras salientes que possam lesionar a pele.

10. Bordas do calçado

As bordas dos sapatos devem ser bem acolchoadas e não podem permanecer sobre o tendão de Aquiles (estrutura anatômica que une a panturrilha ao calcanhar) ou no tornozelo.

Por Dr. José Lourenço

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Cuidados na prevenção do pé diabético

O Diabetes mellitus (DM) é um relevante e crescente problema de Saúde Pública. Sua prevalência, em particular a do tipo 2, está aumentando de forma exponencial e é mais encontrada nas faixas etárias avançadas, em face do aumento da expectativa de vida e do crescimento populacional. O DM tem como característica provocar inúmeras doenças secundárias. Uma delas destaca-se o pé diabético. Esse fenômeno é provocado pela neuropatia que gera perda de sensibilidade periférica tátil, térmica e dolorosa. As alterações citadas podem determinar lesões complexas que, caso não sejam tratadas, podem levar até a amputação do membro. Ressalta-se que cerca de 10 a 25% dos portadores de DM acima de 70 anos desenvolvem lesões em MMII e destes, 14 a 24% evoluem para amputação. O pé diabético é considerado uma consequência de infecção, entretanto pode ser prevenido se o portador for capaz de tomar alguns cuidados. Dentre os principais cuidados a serem tomados é importante ressaltar:

– Exame diário dos pés, inclusive entre os dedos;
– Corte de unhas em linha reta, sem deixar pontas e, se necessário, lixar as unhas;
– Uso de meias de algodão sem costura, sem elásticos e preferencialmente claras;
– Verificar pontos com maior calosidade e vermelhidão;
– Avaliar a pisada por meio da Baropodometria Computadorizada na busca de locais de grande depósito de carga;
– Corrigir a pisada por meio de palmilhas de podoposturologia;
– Não andar descalço;
– Proibição da retirada de cutícula;
– Uso proibido de calçados apertados, de bico fino, sandálias abertas de borracha ou plástico, dando preferências ao tênis e calçados que se moldem ao anatomia do pé e não o contrário;
– Lavagem dos pés com água morna, tendendo para fria;
– Secagem cuidadosa dos pés, principalmente entre os dedos, de preferência com tecido de algodão macio;
– Uso proibido de álcool, ou outras substâncias que ressequem a pele;
– Uso de creme hidratante na perna e nos pés, porém, nunca entre os dedos;
– Verificação da parte interna do calçado, antes de vesti-lo, a procura de objeto ou saliência que possa machucar;
– Elevação dos pés e movimento dos dedos para melhora da circulação sanguínea;
– Evitar o uso de bolsa de água quente;
– Evitar exposição ao frio excessivo.

Por Dr. José Lourenço Kutzke

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Dez orientações na escolha de calçados e cuidados dos pés dos idosos

1. Revestimento dos calçados

Alterações vasculares na terceira idade são fatores prejudiciais que podem ser exacerbados ao utilizar calçados apertados. Portanto, dê preferência aos calçados com revestimentos flexíveis que se moldem aos pés;

2. Costura interna jamais

É recomendado calçados sem costura e sem acabamento interno saliente. A pele nos idosos torna-se mais frágil e suscetível a lesões por atrito, podendo gerar sangramento, bolhas e pequenas úlceras na pele;

3. Estrutura anterior ampla

As unhas são estruturas que ao serem comprimidas durante longas caminhadas podem produzir dores e desconfortos. Por isto, o cabedal anterior do calçado deve ser espaçoso na altura, largura e comprimento. Respeite uma sobra de 12 até 15mm da ponta do pé até o final da palmilha;

4. Amortecimento

Os pés na área do calcanhar possuem uma almofada de gordura. Infelizmente esta estrutura anatômica vai reduzindo sua espessura com o decorrer do tempo, expondo assim, o osso calcâneo a maiores intempéries mecânicas e lesões como fascites plantares (inflamação da fáscia plantar) e até mesmo esporão de calcâneo (formação óssea no calcanhar). Portanto, utilize calçados com grande amortecimento, entretanto que não apresentem uma entressola exageradamente alta que possa interferir na estabilidade;

5. Palmilhas anatômicas

Palmilha personalizada para estruturar o arco plantar. O pé é formado ao todo por cinco arcos plantar, sendo o interno o mais visível. No passar dos anos os músculos e demais estruturas responsáveis por sustentar o arco vão perdendo sua capacidade mecânica. Isto posto, o ato de personalizar o calçado é de grande valia por meio de palmilhas de podoposturologia. Sendo assim, compre calçado em que seja possível extrair sua palmilha original e inserir a palmilha personalizada;

6. Estabilidade do calçado

Calçados estáveis também são importantes, pois a falta de controle do centro de gravidade é muito comum nesta fase da vida. O desequilíbrio é gerado por diversos fatores como alterações vestibulares, sendo a labirintite uma delas, fraqueza muscular, déficit de reflexo de proteção e etc. Para isto a escolha de um bom tênis que preze pela amarração e um bom arcabouço posterior de sustentação;

7. Amarração

A amarração pode ser uma ferramenta no auxílio como também pode ser um vilão para os pés. Priorize calçados que possuam cadarços elásticos que se moldem aos pés e que estes tenham um bom comprimento, pois cada pé tem uma amarração específica;

8. Complicações

A formação de Hálux Valgo (joanete) é muito comum na terceira idade, principalmente no sexo feminino. Por isto a largura anterior do calçado, bem como o tecido que reveste com grande flexibilidade são fundamentais para possibilitar o conforto e evitar atrito no local deste problema;

9. Inchaço

Compre o calçado no final do dia , pois neste período os pés estão mais inchados. Desta forma evitam-se compressões nos pés que possam dificultar o retorno venoso;

10. Prevenção

A redução de sensibilidade é comum nos idosos, podendo ser intensificado nos portadores de diabetes. Ou seja, não basta comprar apenas um bom calçado, mas também inspecionar diariamente os pés na prevenção do tão conhecido pé diabético ou demais lesões nos pés.

 

Por Dr. José Lourenço Kutkze

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Bandagem Neuromuscular, uma aplicação preventiva e de tratamento de lesões

Uma das grandes áreas de estudo do meio desportivo é a biomecânica corporal. Atualmente vem sendo abordado pela comunidade científica uma nova linha de pesquisa, conhecida como tensegridade , tens (tensão) e gridade (integridade), portanto consiste na integridade da tensão. Esta ideia vem do principio do equilíbrio de estruturas utilizadas em algumas construções civis, como pontes e torres, compostas por componentes de compressão e tensão que devem estar equilibradas para manterem-se em pé.

A teoria da tensegridade também é utilizada para o corpo humano, denominada de Biotensegridade. No corpo as estruturas de compressão são os ossos e as de tensão são os músculos, tendões e fáscias (membranas que recobrem os músculos). Portando tensão e compressão são princípios físicos diretamente proporcionais, ou  seja quanto maior for o encurtamento de músculos e fáscias maior serão as compressões ósseas e articulares, provocando lesões degenerativas (artroses).

Uma vertente fisioterapêutica para tratar e prevenir lesões musculoesqueléticas nos corredores geradas pelos desequilíbrios estruturais é a aplicação da bandagem neuromuscular. Este tipo de abordagem iniciou na área desportiva, devido a sua praticidade e eficiência e hoje é visto em vários praticantes. Este método possui ação neuromuscular e têm como principais funções ativar e aliviar tensões dos grupamentos musculares, melhorar a circulação linfática e sanguínea, aliviar dores e repor subluxação das articulações.

A técnica auxilia em diversas patologias como fasciites plantares, contraturas musculares, instabilidades do tornozelo e joelho, desalinhamentos patelar, dores na coluna entre outras ações benéficas preventivas

Por Dr. José Lourenço Kutzke

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Respondendo 12 dúvidas na hora da escolha do calçado ideal

A escolha do calçado deve ser sempre pautada em uma avaliação com dados quantitativos que proporcionam valores fidedignos para a escolha do tipo de tênis que deverá ser adquirido para a prática da caminha ou corrida. A melhor avaliação para auxiliar na escolha é a Baropodometria computadorizada que apresenta sensores de pressão que identificam as alterações da pisada para assim poder escolher a melhor opção para calçar os pés.

1. O calçado ideal é o mesmo para corrida e caminhada?

Tanto a caminhada como a corrida são atividades de impacto, portanto necessitam de tênis  com alta qualidade de amortecimento. A massa corporal do praticante também é um determinante para a escolha do calçado , ou seja indivíduos com sobrepeso ou obesidade devem optar por amortecimentos de maior qualidade.A distância a ser percorrida é outro fator importante, portanto quanto maior é a distância deverá ser diretamente proporcional a preocupação com a tecnologia do tênis.

2. O tênis ideal muda de pessoa para pessoa?

A pisada é semelhante a uma digital , jamais existirá uma igual em pessoas diferentes. Portanto a escolha na hora da aquisição do tênis não deverá ser pautada na estética do calçado , mas sim na sua qualidade de amortecimento e conforto para os pés. Dê sempre preferencia para os tênis neutros , já que existem inúmeros tipos de pisada pronadas e supinadas , devendo ser corrigidas por palmilhas confeccionadas de forma personalizada.

3. Quais são os tipos de pisada que existem? Quais delas podem ser prejudiciais para a saúde?

As irregularidades possíveis existentes nos pés são diversas. A atenção mais importante que deda ser refere-se aos pontos de maior calosidade, já que o calo é provocado na maioria dos casos por aplicação de força excessiva no local. Outro fator muito importante é identificar assimetrias nos desgastes dos calçado e realizar uma comparação se existem diferenças nos pés.

Os tornozelos , joelhos, quadris e coluna servem como referência para identificar alterações advindas dos pés, também conhecidas por alterações posturais ascendentes. Dentre os tipos alterações de pisadas as mais conhecidas são as supinadas, que podem ser do seguimento anterior, médio e posterior do pé bem como no caso das pisadas pronadas que também podem ocorrer nos três segmentos anatômicos.

Saiba como tratar o pé chato em casa:

4. Qual a importância da utilização de um tênis adequado para a prática de esportes?

A prática esportiva deve ser sempre muito bem planejada e assessorada, sendo o uso do tênis de qualidade uma ferramenta importantíssima na prevenção de lesões degenerativas articulares e na melhora das distribuição da carga corporal. Cada tipo de esporte demanda um tênis específico.

5. Quais malefícios podem ser causados pela prática de corrida ou caminhada sem um tênis adequado?

As dores articulares são as mais comuns na falta de uso de um tênis de qualidade . Esses são sinais precoces e que servem de alerta para a prevenção de lesões degenerativas articulares como a artrose de tornozelo, joelho , quadril e lesões discais da coluna.

6. Depois de quanto tempo de prática incorreta esses malefícios podem ser observados?

Na maioria dos casos após uma atividade física de alta intensidade feita com uso de tênis de baixa qualidade geralmente já são observados no próprio  dia da atividade.Em outros casos existe a possibilidade do desenvolvimento de patologias articulares de forma silenciosa e que aparecem os sintomas apenas na exacerbação do processo inflamatório, já em um quadro mais evoluído.

7. Em quais casos os danos causados ao corpo são definitivos e em quais casos eles são reversíveis?

Os quadros degenerativos articulares são em sua grande maioria irreversíveis, pois existe uma perda do revestimento de cartilagem, sendo esta uma região pouco vascularizada, portanto sem possibilidades de regeneração, todavia existem inúmeras formas para amenizar os sintomas e evitar a progressão do problema, como o uso de tênis com maior tecnologia de amortecimento e intercalar na semana exercícios de baixo impacto como a caminha com exercícios de carga de atrito para os membros inferiores quase nulos como a hidroginástica ou a natação. Restringir completamente o impacto nem sempre é a melhor opção, já que os estresse leve no osso provocado pelo impacto auxilia na manutenção da densidade óssea, servindo portanto como uma possibilidade interessante na prevenção da osteoporose, apenas modere a carga e realize fisioterapia para buscar um equilíbrio dos tecidos corporais.

8. Qual é o mecanismo do tênis que miniminiza os impactos causados pela caminhada ou pela corrida?

A Entressola faz parte do sistema basal e estrutural do tênis e tem papel fundamental na construção tecnológica da distribuição das cargas e amortecimento, seu conjunto trabalha em parceria com o sistema de absorção de impacto, sendo em alguns tênis uma ferramenta parceira nas prevenção de lesões geradas pela pressão.

O amortecimento em conjunto com a entressola são estruturas de alto investimento das marcas de tênis.Existem inúmeras possibilidades de tecnologia que minimizam o estresse do impacto dos pés com o solo, podendo ser confeccionado com bolsas de ar, EVA extra macio , placas flexíveis e sistema de destruição de gel. O amortecimento jamais pode ser escasso, todavia também não pode ser em grande quantidade, pois pode tornar a pisada instável em momentos de movimentos repentinos.

9. Os tênis são capazes de corrigir pisadas incorretas ou que façam mal à saúde?

Existem tecnologia criadas pelas grandes marcas com a intenção de correção da pisada, todavia muitos problemas acompanham esta situação. Quando o paciente apresenta algum sintoma que lhe incomoda vai à procura de um médico,que em algumas vezes irá receitar algum medicamento para tratar a causa do problema. O tênis funciona da mesma forma , primeiro deve existir uma avaliação de preferência embasada em dados quantitativos e de alta precisão realizados por profissionais conhecedores do assunto para evitar a indicação de calçado errados, podendo assim se não feito criar lesões graves nas estruturas ósseas e musculares.

Outro componente a ser lembrado é o grande índice de assimetria do pés das pessoas, ou seja existe a possibilidade do pé esquerdo ser pronado e o direito supinado por exemplo. Portanto de preferência a tênis neutros com boa qualidade de amortecimento, já para a correção da pisada as palmilhas personalizadas que são confeccionadas com base em uma avaliação de alta qualidade de aferição é a melhor opção.

10. Para a prática de corrida ou caminhada, recomenda-se usar apenas um tênis ou intercalá-los?

O ideal é sempre possuir no armário dois tênis da mesma marca e modelo , todavia deverão ser intercalados no dias da semana , pois dependendo da tecnologia adotada no amortecimento pode existir uma demora de até 24 horas de recuperação do amortecimento original. Com relação a aquisição de dois tênis iguais ocorre pelo fato de existir um tempo de adaptação do corpo em relação ao calçado por volta de duas semanas, portanto jamais é indicado realizar uma prova com um tênis que foi comprado no dia anterior que seja de modelo diferente ao de uso contínuo.

11. Qual é o tipo de tênis que, além de proteger de lesões, também melhora o desempenho do atleta?

Para proporcionar alto desempenho devem existir três aspectos fundamentais, o conforto, flexibilidade e boa qualidade de aderência do solado com o chão. Proporcionando os requisitados citados somado a uma qualidade de amortecimento e de entressola pode conciliar desempenho e qualidade de vida.

12. O tênis possui vida útil no que diz respeito à proteção contra o impacto causado pela corrida ou pela caminhada? Qual seria?

O recomendado de utilização no que se diz respeito a vida útil são de 500 a 800 km. A dica sempre é de colocar na língua do tênis a data do primeiro uso , pra desta forma ser possível fazer uma estimativa de durabilidade preservando a qualidade de amortecimento.

Por Dr. José Lourenço Kutzke

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